Breve História do Cinema

Por Flaviane, Júlia e Thaís

 

 

Não se há um consenso absoluto quando se quer determinar onde e quando nasceu o cinema.  As pesquisas e descobertas corriam em vários países simultaneamente. Porém, a maior parte da literatura aponta para o dia 28 de Dezembro de 1895, com o filme “A Chegada de um Trem na Estação da Cidade” produzido pelos irmãos Lumière em Paris. Existiram, no entanto, experiências anteriores às dos irmãos.

Os primeiros filmes tinham menos de um minuto de duração e narrava fatos banais do cotidiano. Também não existia edição, ou seja, se filmava até que o rolinho de filme terminasse. Em 1902 Edwin S. Porter descobriu que há como intercalar cenas, mostrando que um plano não é necessariamente interdependente. Como diria Millar Reisz: “A história do cinema mudo é a história da luta por um maior interesse visual do cinema através de uma montagem cada vez mais sofisticada”.

Em 1926, a produtora Warner Brothers lançou o primeiro sistema sonoro eficaz, conhecido como Vitaphone. A gravação sonora era uma tarefa tão desafiadora que a montagem de imagem ficou em segundo lugar.

As experiências com filme colorido haviam começado já em 1906, mas só como curiosidade. Os sistemas experimentados, como o Technicolor de duas cores, foram decepcionantes e fracassaram na tentativa de entusiasmar o público. Mas por volta de 1933, o Technicolor foi aperfeiçoado com um sistema de três cores comercializável, empregado pela primeira vez no filme Vaidade e beleza (1935), de Rouben Mamoulian. Na década de 1950, o uso da cor generalizou-se tanto que o preto e branco ficou praticamente relegado a “pequenos” filmes.

No pós-guerra, a chegada da televisão colocou um desafio à indústria cinematográfica que ainda hoje permanece. A indústria respondeu com uma oferta de mais espetáculo, que se concretizou no aumento de tamanho das telas. Em 1953, a Twentieth Century-Fox estreou com seu filme bíblico O manto sagrado, de Henry Koster, um sistema novo denominado CinemaScope, que iniciou a revolução dos formatos panorâmicos que, em geral, usavam apenas uma câmera, um único projetor e um filme padrão de 35 mm, adaptando-se mais facilmente a todos os sistemas.

Durante um breve período, no início da década de 1950, uma novidade conhecida como 3D apareceu no mercado. Consistia na superposição de duas imagens distintas da mesma cena, cada uma tomada com um filtro de cor diferente e de um ângulo ligeiramente diferente. Essas cenas eram vistas através de óculos especiais, em que cada lente tinha um filtro colorido na cor equivalente à usada durante a filmagem, de forma a reproduzir a visão estereoscópica e dar impressão de relevo.

Desde sua origem o cinema visa o entrenimento, englobando também o campo das artes, ciências, entre outros.

A principal técnica do cinema é a de projetar imagens para criar a impressão de movimento, ao decorrer dos anos outras técnicas foram criadas e evoluíram resultando ao cinema que conhecemos hoje em dia. Entre elas pode-se citar: As técnicas de animação ou efeitos visuais, como o cinema em três dimensões. Outras técnicas de suma importância para o cinema foram as técnicas de dublagem e legendas, que traduzem os diálogos, assim os filmes pudem ser exportados.

Com o decorrer do tempo a popularização do cinema foi crescendo. O que antes era para poucos foi se tornando acessível a todos. Sendo assim, uma indústria que contribui grandemente para o crescimento da economia mundial.

Relações Pragmáticas

Recentemente lí um texto de Daniel Bougnoux sobre relações pragmáticas, e vou falar agora um pouco sobre isso.

Segundo o autor, as relações humanas são pragmáticas, e não “técnicas”. É possível dizer que “técnicos” são aqueles sistemas fechados e exemplificados pelas máquinas. A comunicação não é uma relação técnica, pois não se trata de uma relação sujeito-objeto, mas, sim, uma relação sujeito-sujeito, ou seja, o homem com o seu semelhante.

Uma cadeia de comunicação fundada sobre as relações pragmáticas pode sempre romper-se, ou vencer brilhantemente sem que se saiba o porquê. O autor diz que esta relação é propriamente aleatória. Não se pode ter certeza de que uma propaganda vai “dar certo”, pois quando se trata de indivíduos nunca se sabe como estes vão reagir. Não se podendo assim, descrever objetivamente a comunicação.

Ou seja, ao usar algo da vida real – que pertence ao cotidiano de muita gente – se constrói uma relação pragmática.

Cultura de Reciclagem

Quando reciclamos o lixo o produto feito será utilizado novamente. Na Reciclagem Cultural, porém, segundo Marcus Bastos, há o risco do efeito ser inverso.

Mas, o que é Reciclagem de material Cultural?

Seria a reutilização ou a apropriação de materiais já existentes, como por exemplo, a de um programa de computador ou do remix de uma música. Este fenômeno vem se inserindo em muitos setores sociais e nas mídias digitais.

Nesse momento surge o sampler e o mashup. O sampler é um aparelho que grava e permite a manipulação de amostras sonoras, com ele compor torna-se a arte de combinar sons e trechos de músicas. Ainda dá a possibilidade da reutilização de materias, por exemplo na informática temos o OCR, que seria considerado um sampler de textos, o scanner um sampler de imagens e o bloco de notas um sampler de código. Já o mashup é uma outra forma de interpretar o produto. Aqui um exemplo de Mashup:

Supersonic da J. J. Fad

Fergalicious da Fergie

Podemos usar Marcel Duchamp como um dos precursores da Reciclagem Cultural, que utilizou artes já existentes e os deu um novo sentido. Assim, nem sempre a originalidade é valorizada [claro que existe a lei dos direitos autorais, então, quando se recicla algo se deve dar créditos, ou será acusado de plágio], mas quem “melhor a utiliza”.

 

“Reciclar é marca de uma sociedade em que o excesso e a velocidade interessam porque não são nossos.”

                                                                                                                                                                                                                         Marcus Bastos

O Poderoso Chefão

Mario Puzo nasceu numa família de imigrantes italianos quee moravam em Hell´s Kitchen, Nova York. Desde garoto começou a gostar de literatura. Muitos de seus livros descrevem a herança siciliana e falam a cerca da máfia, pode-se encaixar nessa categoria o livro O Poderoso Chefão.

O Poderoso Chefão antes de se tornar um filme foi publicado em livro. Aconteceu quando a Paramount contratou Puzo para escrever um roteiro.  Puzo escreve a história de uma família de mafiosos. Pensando que um filme com essa história não renderia, a Paramount não produziu o filme. Mario então, decidiu publicar o roteiro em livro, e em pouco tempo o livro se tornou um best-seller. Ficou tão famoso a ponto da Paramount começar a ter interesse em produzi-lo. O filme foi dirigido por Francis Ford Coppola, um diretor capacitado e muito conhecido.

“Durante o casamento de sua filha Connie, Don Vito Corleone recebe conhecidos e amigos, que lhe vêm para pedir favores e ajuda. Um velho agente funerário italiano, Amerigo Bonasera, vem até Corleone pedir ajuda pois sua filha foi espancada e desfigurada. Ele quer fazer justiça com as próprias mãos, pois os rapazes que fizeram isso com a jovem foram soltos no mesmo dia, Corleone promete fazer algo, porém sem matar os rapazes, pois estes não mataram a filha de Bonasera. Após muitas conversas, Don Vito sai para apreciar a festa e tirar a foto de família, porém, faz questão de esperar seu filho mais novo Michael, que mais tarde se tornaria o novo chefe.

 Virgil Sollozzo, “O Turco” chama a família Tattaglia para ingressar no negócio do narcotráfico. Os Corleone vêem a chance de ter muito dinheiro. Entretanto, Don Vito não acha que seja certo, ético e muito menos fácil entrar. Além do mais, acha que seus subornados não aceitariam pois é muito arriscado. Mas o Turco não vai deixar sua oportunidade de fazer milhões escapar tão facilmente.

O Turco consegue o apoio de uma família para realizar o plano, e decide que não pode existir Don Corleone. Ele é atacado enquanto volta para seu carro, mas não morre, e vai para o hospital. Sollozzo então planeja outro ataque. Michael chega ao hospital e muda seu pai de quarto. Encontra Enzo, o padeiro, subindo as escadas do hospital, e o manda descer. Eles fingem ser guardas para proteger o Don. Michael fica para vigir o pai até os homens que Sonny mandou cheguem. Michael impede que os policias entrem, mas acaba sendo agredido por um policial corrupto ligado à família Tattaglia.

Agora que já se sabe do atentado, os Corleone vão tentar atacar os Tattaglia. Michael marca um encontro com o policial (McCluskey) e Sollozzo. No local marcado Michael pega uma arma e tira a vida dos dois. Agora começou a guerra das Famílias e Michael se vê obrigado a fugir para a Sicília. Lá conhece e se casa com Apollonia, uma siciliana virgem. Michael vive feliz com ela e espera por sua volta aos Estados Unidos. Mas um atentado à sua vida, que acidentalmente mata Apollonia o faz voltar.

De volta, Michael reencontra Kay Adams, sua antiga namorada, e agora que já está livre, pode se casar com ela. Depois assume o controle da Família e põe um fim na guerra, pegando todos traidores e cúmplices, assassinando-os a sangue frio, entre os traidores estavam Salvatore Tessio e Carlo Rizzi, que se casou com Connie Corleone.” [Baseado no site Wikipédia]

 Poucos filmes tiveram tamanha importancia como esse. Se formos analizar os 10 melhores filmes da história do cinema, com certeza “O poderoso chefão” vai estar na lista, mesmo tendo estreiado a quase 40 anos. O filme mostra uma nova imagem de mafiosos no cinema, e seus diálogos são repetidos até hoje em filmes e seriados. Como diz na capa do Box do Blu-ray: “Vale por um semestre inteiro na faculdade de cinema”, ou quem sabe na de publicidade. =D

Keith Haring

Keith Haring nasceu no dia 4 de maio de 1958, em Reading, Pensilvânia – Estados Unidos. Mostrou interesse pelas artes plásticas desde cedo, aprendendo técnicas de cartoons com seu pai e com a cultura popular à sua volta. Tornou-se um ícone pop através das imagens minimalistas, cores vibrantes e irreverentes do seu trabalho [que é facilmente reconhecido pelas linhas grossas e figuras características] que tinha forte influencia no grafite. 

Entre 1976 e 1978 estudou design gráfico numa escola de arte em Pittsburgh. Porém, antes do termino do curso se transferiu para a Escola de Artes Visuais (SVA), em Nova York. Lá encontrou pessoas que desenvolveram um sistema fora de museus e galerias, ou seja, faziam arte nas ruas do subúrbio, nos metrôs e em espaços em clubes e danceterias.

A partir dos anos 80 começou a pintar painéis de metrô com giz. Fazendo assim com que suas imagens se tornassem populares em Nova York. Em 1986 abriu a Pop Shop, uma loja em Nova York que vendia camisetas, brinquedos, pôsteres, broches e ímãs que traziam seus trabalhos, fazendo isso ele procurava tornar sua arte acessível a todos os públicos.

Segundo o blog da Stella, Keith produziu mais de 50 trabalhos públicos entre 1982 e 1989, em dezenas de cidades ao redor do mundo, muitas das quais criadas para projetos de caridade, hospitais, centros de cuidados com crianças e orfanatos. Outros projetos incluem um mural pintado no lado ocidental do muro de Berlin três anos antes de sua queda.

Em 1988 foi diagnosticado seu quadro de AIDS, ele então inaugura a “Keith Haring Foundation” fundação para a arrecadação de fundos para organizações de AIDS e programas infantis. Isso fez com que o seu público se expandisse, aumentando os visitantes de exposições e os compradores de suas obras. Haring usou sua fama nos últimos anos de sua vida para falar de sua doença e incentivar o cuidado e a prevenção contra a AIDS. Expressando seus conceitos de nascimento, amor, morte, sexo e guerra, e usando uma mensagem sucinta e direta:

Obra em que Keith incentiva a luta contra a AIDS

 

Aqui, Keith expressa o conceito de amor

 

Haring fez com que sua linguagem fosse mundialmente conhecida no século 20. Morreu em 1990 aos 31 anos de complicações causadas pela AIDS. Mesmo após 20 anos de sua morte seus trabalhos podem ser vistos em camisas, acessórios e coleções de grandes museus, em todo o mundo.

Rubem Fonseca

Rubem José Fonseca nasceu no dia 11 de maio de 1925 em Juiz de Fora, Minas Gerais, porém, aos 8 anos se muda para o Rio de Janeiro. Certa vez disse: Tudo o que eu tenho a dizer está nos meus livros”, adora o anonimato, não dá entrevistas e faz questão de que sua biografia permaneça em sigilo, sendo até mesmo difícil encontrar fotos dele. Rubem é descrito por amigos como humilde, agradável e de ótimo humor.

Exerceu várias atividades antes de se dedicar totalmente a literatura: Se formou em direito na Faculdade Nacional de Direito no Rio de Janeiro, trabalhando assim, no Departamento Federal de Segurança Pública de 1950 a 1958. Estudou administração na New York University e comunicação em Boston (EUA). Foi professor da Fundação Getúlio Vargas e escreveu críticas de cinema na revista Veja em 1967.

Seu primeiro livro de contos foi Os Prisioneiros de 1963. Em 1965 lança A Coleira do Cão. Mais tarde vence o concurso de contos da Fundação Educacional do Paraná, com o livro Lúcia MacCartney. E em 1975 seu livro Feliz Ano Novo é censurado pelo regime militar.

Em 2003 recebeu o prêmio Luis de Camões, considerado o “Nobel” da língua portuguesa, concedido pelos governos do Brasil e Portugal, pelo conjunto de sua obra.

Segundo o site Wikipédia as obras de Rubem Fonseca geralmente retratam, em estilo seco e direto, a luxúria e a violência urbana, em um mundo onde marginais, assassinos, prostitutas, miseráveis e delegados se misturam. As técnicas narrativas e a linguagem usada em suas obras dão uma sensação de realidade. O escritor carioca sente-se à vontade nos textos em primeira pessoa, ou seja, o narrador é ao mesmo tempo o protagonista. O autor faz com que cada classe social possua uma linguagem própria, impressionando assim os leitores.

Para ilustrar meus argumentos dou como exemplo o conto “Livro de Ocorrências”, extraído do livro “O Cobrador”. O conto retrata a vida de um delegado que vê coisas de todos os tipos todos os dias. O delegado já está tão acostumado com a violência urbana que encara todos os acontecimentos – Por mais tristes e brutais que sejam – como algo natural e sem tanta importância.

Performance

As principais referências de performances são de 1960 e 1970. E segundo Regina Melim possui em sua base uma série de procedimentos e manifestações que ocorreram em diferentes continentes.

Quando o assunto é performance pensamos de imediato na utilização do corpo como parte constitutiva da obra, algo ao vivo, visto pelo publico e as vezes com a interação do mesmo, num tempo e espaço específico.

Mas dificilmente paramos para pensar: Pra que isso? Qual o objetivo?

A arte de performar vai além de apenas testar os limites do ser humano. Geralmente existe algo bem maior por trás.

Vou dar como exemplo a performance Cut Piece da Yoko Ono (Japão 1964 – EUA 1965): Clique Aqui

 

Yoko Ono - Cut Piece

Quando Yoko convidava os espectadores a cortarem pedaços de sua roupa, ela fazia uma ação humanitária. Havia um significado político na escolha de Cut Piece. Ela procurava problematizar as relações; mais especificamente estava ali para por em questão a guerra do Vietnã. E ao refazer em 2003 [clique aqui] a questão já mudara, ela afirmou ser um protesto contra “a força e a intimidação que permeiam o nosso ar”, e talvez até um protesto contra a guerra do Iraque.

A performance tem por objetivo transformar a maneira de pensar do homem, e da sociedade atual. Os artistas se voltaram para elas com um possível modo de romper com as categorias existentes e apontar novas direções.

John Cage

Segundo Melim, um momento que merece ser lembrado é o dos cursos de verão ministrado por John Cage no Black Mountain College, e suas aulas nos cursos de composição de música experimental na New School for Social Research, em Nova York. Cage e seus alunos desenvolveram o que chamavam de “pesquisas-composições”, repensando a música como pulsação, fruição, temporalidade e espacialidade. Levando essa invenção para outros campos e nomeando-a de “música-ação”, alguns alunos que também eram artistas, começaram a integrar ás suas produções o cotidiano.

Performances Artísticas em Viena

Viena foi um centro de ações performáticas nos anos de 1960. Os artistas desenvolviam suas performances na rua e criavam uma série de espaços alternativos, sendo a cidade um dos lugares principais.

Dor ritualizada, esforço físico, concentração e tolerância foram atributos dos artistas, ainda mais o grupo que se chamava: Acionistas vienences, que tinham como integrantes: Hermann Nitsch, Otto Mühl, Arnulf Rainer, Rudolf Schwarzkogler, entre outros.

República Tcheca e Polônia

Ainda se pode citar da República Tcheca e da Polônia: Milan Knízák e Jerzy Berés, artistas que responderam ao regime autoritário e repressor de seu países com ações performáticas contra tais imposições do governo.

Jerzy Berés numa performance

Ou seja, falar de performance é algo bem complexo. Existe vários tipos de opiniões, porém, essas não são obrigatórias para atingir um consenso. Não existindo uma definição concreta, cada artista tem o seu modo de interpretá-la e realizá-la.

“A artista desconhecida mais famosa do mundo”

Quando consigo tocar o sentimento de uma pessoa, então valeu a pena

Yoko Ono


É tão óbvio quanto injusto sempre associar Yoko aos Beatles e, é claro, a Lennon. Muitas pessoas, principalmente os fanáticos pelos Beatles, não “vão muito com a sua cara”. É chavão dizer que ela acabou com a banda e que influenciava John Lennon. Mas a coisa não é bem assim. Essa japonesa de um metro e meio já era uma figuraça digna de entrar pra história da arte antes mesmo de John a conhecer.

Yoko Ono nasceu dia 18 de fevereiro de 1933, em Tóquio – Japão. Vindo de família rica teve a oportunidade de estudar nas melhores escolas japonesas. Em 1952 se muda definitivamente para Nova York e passa a freqüentar a Sarah Lawrence College, ninho de artistas de vanguarda.

Em 1956 casasou-se com Toshi Ichiyanagi, contra a vontade de seus pais, e com ele dividiu um loft em Manhattan, que pouco tempo depois se tornou laboratório para suas performances e as experiências sonoras de John Cage.

Yoko foi uma pioneira da arte conceitual e era uma das principais integrantes do grupo artístico e performático mais relevante das últimas décadas: o Fluxus, fundado por George Maciunas, onde colaborou com John Cage, Nam June Paik e George Maciunas.

Primeiras Obras:

Segundo o site Wikipédia, nos anos 50 e 60, Ono realiza obras de cunho conceitual que oscilam entre a introspecção poética e sátira provocadora. Entre elas, pode-se citar: Painting To See The Skies[“Pintando para ver os céus”], de 1961, a obra possui uma folha que contém pequenas instruções em japonês de como transformar uma tela convencional em uma espécie de óculos para observação do céu;
Uma obra no Carnegie Recital Hall, onde a artista utilizou microfones para registrar o ruído de descargas de autoclismos ou privadas (performance que foi repudiada pelos críticos de arte);
E  “Lighting Piece”, de 1955, performance na qual convida os espectadores a observarem a consumação de um palito de fósforo pelo fogo. Este foi o começo das performances que instigam o observador a se relacionar com fenômenos corriqueiros e banalizados pela rotina.

Yoko retorna ao Japão após um desentendimento em seu casamento em 1961. Devido a isso e a má repercussão de seus trabalhos ela entra em um estado de depressão profunda e acaba sendo internada. Recebe alta quando seu amigo Anthony Cox denuncia a alta dosagem de medicamentos que estava recebendo.

Yoko e Toshi tem uma filha. Ela se afasta do marido, e em 1963 volta para os Estados unidos.

Em 1964 Yoko Ono realiza pela primeira vez o Cut Piece, que é uma das suas peças conceituais mais fortes. Ela se senta no palco, imóvel, após ter convidado o público para subir e cortar pedaços de sua roupa até ficar nua. Tematiza a reciprocidade entre vítima e assaltante.

Johnko

Em  1966 John Lennon visitou uma exposição intitulada  “Unfinished Paintings and Objects” cuja artista se chamava Yoko Ono, na Indica Gallery, em Londres. Ele ficou maravilhado com “Ceiling Painting” (“Pintura no Teto”), na obra a pessoa subia em uma escada branca onde no topo, podia-se ler, através de uma lupa, a palavra “sim”. Daí pra frente todos sabem: construiu-se uma instigante história de amor.

O relacionamento acabou com o casamento de John e Cynthia e terminou de uma vez por todas com o casamento de Yoko e Tony. Este fugiu com sua filha, que tinha cinco anos. Yoko só há reencontrou trinta anos depois. Nos anos seguintes John e Yoko se viciaram em cocaína, heroína e performances pacifistas.

Música

Além disso, Yoko se inseriu também na música, ela procurava repensar a música popular, em especial o Rock And Roll. Por isso foi alvo de muitas críticas, especialmente de fanáticos pelos Beatles.  John certa vez afirmou: “Yoko Ono é A artista desconhecida mais famosa do mundo”.

Aos poucos ela foi dando lugar ao pop-rock. E nos anos 2000, Yoko transformou-se em uma diva da música eletrônica. Em 2001 foi realizada a exposição retrospectiva de quarenta anos “YES YOKO ONO”. Neste ano foi lançado também “Blueprint for a Sunrise”, CD de material inédito. E em fevereiro de 2007, aos 74 anos de idade, lança o álbum “Yes, I´m a witch”.

Lembrando que nos anos 80, ela volta a produzir obras na área das artes plásticas.

Obra

Para comentar, escolhi uma obra da serie Blood Objects: Table Setting (Objetos de Sangue – Mesa Posta), de 1993. Que representa e faz uma crítica a sociedade violenta. Pode chamar a atenção até mesmo para a violencia doméstica, já que é uma mesa posta. É uma obra bem forte e impactante, pois se trata de objetos cheios de sangue em objetos do cotidiano.

 

Deixo pra vocês um videozinho de quando Yoko veio ao brasil, é bem interessante:


Pop Art

POP ART “popular, transitória, consumível, de baixo custo, produzida em massa, jovem, espirituosa, sexy, chamativa, glamorosa e um grande negócio”

                                                             Richard Hamilton

 

A pop art surgiu em meados dos anos 50 na Inglaterra, onde um grupo de artistas, intitulado Independent Group, começou a dar os primeiros passos e a apresentar as bases da nova forma de expressão artística. Entretanto, foi em Nova York, em meado dos anos 60, que o movimento artístico demonstrou todo seu potencial, chamando assim a atenção do mundo inteiro.

Os artistas dividiam um estilo formado por cores brilhantes e desenhos simplificados. A pop arte possuía raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp – “ready-mades” – e no surrealismo. Além disso, a arte pop privilegiava meios bidimensionais como a gravura e a pintura.

De fato, a pop art buscava aproximar a arte das massas, porém, como afirma David Mc Carthy, trata-se de um movimento completamente culto, e exige de seus espectadores um alto grau de conhecimento de história da arte.

Andy Warhol

 

Andy Warhol (1928 – 1987) foi o artista mais conhecido da pop art. Warhol produzia suas obras com ajuda mecânica, utilizando a técnica de serigrafia, ou seja, usava máquinas, substituindo assim o trabalho manual e produzindo em série retratos de ídolos da música e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe. “Cerca de 10 mil trabalhos de arte foram produzidos por ele entre 1961, quando o artista desistiu de ser designer gráfico e 1987, ano de sua morte repentina aos 58 anos. Warhol é o líder do mercado do pós-guerra e da arte contemporânea por muitas razões, incluindo seu tamanho, alcance, valor simbólico e pelo seu poder de ditar moda.”¹

Andy  é um dos maiores artistas conhecido por criações que abordam valores da sociedade de consumo; especialmente o uso e abuso da repetição. Esses traços estão presentes, por exemplo, na obra das latas de sopa Campbell’s e nas garrafas de Coca-cola:

Suas obras expunham uma visão irônica da cultura de produção em massa. A pop art usava de comerciais de TV, campanhas publicitárias, histórias em quadrinhos e ilustrações tendo por objetivo a crítica do bombardeamento dos objetos de consumo à sociedade. Porém, mesmo produzindo críticas, se apoiava e necessitava desses objetos, pois se inspiravam neles, e até induziam ainda mais o seu consumo, pois os tornavam ainda mais vistos fazendo assim um tipo de propaganda – lembrando que a pop arte utilizava muito esse recurso. A repetição me lembra algo como: “Compre batom, compre batom…”, ou seja, faz com que fique em nossa memória.

Ainda segundo David Mc Carthy se apropriando de objetos de consumo os artistas pop podiam usar o sucesso do produtos amplamente conhecidos para ajudar a vender o seu próprio trabalho.

Ou seja, a pop art foi um movimento artístico muito inteligente baseado no reprocessamento de imagens populares e de consumo. Sua produção era industrializada e muitas vezes seus objetos eram produzidos em serie. Além disso, influenciou grandemente o poder de compra fazendo a economia dos Estados Unidos aumentarem grandemente.

Créditos: ¹ Opinião e Notícia

The Beatles

Os Beatles não foram apenas um conjunto musical fora de série. Eram, o que está sendo um pouco esquecido, uma cultura (…) A cultura contemporânea em sua essência.

                                                                                                                                         J. Teixeira Coelho Netto

A partir da década de 1960 ocorreram muitas mudanças no modo de vida das pessoas, essas modificações são chamadas de Revolução Cultural. Essa revolução começou a partir de mãos jovens, pois eles queriam ter maior participação na sociedade. No meio de todas essas mudanças uma banda de rock captou o espírito e fez a diferença, eles são conhecidos como The Beatles.

Formados em 1958 por John Lennon, Paul McCartney, Stu Sutcliffe, George Harrison e Pete Best se nomearam inicialmente por The Quarryme. Em 1960 passaram a se chamar Silver Beatles, nesta época foram até Hamburgo para se apresentarem em beat-clubes, e lá gravaram o seu primeiro disco em colaboração com o cantor Tony Sheridan. Quando voltaram a Liverpool, Stu Sutcliffe (que mais tarde faleceria de um tumor cerebral) não pode ir junto. Um tempo depois os garotos conhecem Brian Epstain, um proprietário de uma loja de discos, que se torna seu empresário, que arranja-lhes um contrato de gravação com a editora EMI.

Os Beatles mostravam na música o que acontecia diariamente nas ruas: A contracultura, a pop art de Andy Warhol, o renascimento dos escritores beat, o movimento hippie e o desejo por paz e amor, encantando assim, não apenas jovens.

Para ilustrar essas transformações gostaria que ouvissem a música Getting Better:

Letra e Tradução: Clique Aqui 

A música conta a história de um homem que via e fazia coisas ruins, mas que vai mudando, ficando melhor e mais aceitável. Eu interpreto como se fosse a própria terra que vai se modificando, tentando melhorar.

Segundo a Wikipédia a história da música possui duas versões: a primeira diz que certa vez Ringo Starr teve uma crise de amidalite e não pode se apresentar, então eles chamaram um baterista substituto (Jimmy Nicol) que teve que aprender todas as músicas em apenas uma tarde, e sempre que os meninos perguntavam como eles estava ele dizia: “”It’s getting better!” (Está melhorando!), Assim Paul teve a ideia de fazer uma música com a frase. A outra versão diz que Paul em um passeio com seu cão e Hunter Davies se referiu ao tempo pronunciando a frase e, em seguida, comentando que ela era muito usado por Nicol durante a turnê com os Beatles.

É isso, gente… Espero que aproveitem a música. ;]